A lingua MARAGUÁ falado na atualidade por apenas 20 pessoas na área indigena Maraguá do rio Abacaxis, é a prova da miscegenação desse povo com os Sateré Mawé, ribeirinhos e falantes da Lingua-Geral.
Em risco de extinção, ainda sobrevive em algumas familias de maraguás, apesar de uma influcia cada vez maior da cultura luso-brasileira, que é a predominante no Brasil. Mesmo assim o esforço de professores locais em repassa-los aos alunos das duas unicas escolas da região tem dado resultado.
O idioma maraguá tem tres momentos historicos: O inicio, quando percentecia ao grupo de linguas Aruaks ocidentais, falado junto com linguas de povos que habitavam a região: aruã, tapayó, kundury, Borary, apairãde (todas extintas). O segundo periodo, em que sua forma aruak entrou em extinção para dar lugar ao Nhengatu e posteriormente a lingua Portuguesa. E o terceiro periodo (atual) que foi a mistura de falas entre pessoas que falavam Sateré, os que falavam Nhengatu e os que falavam Portugues mas com forte influencia do Antigo Maraguá aruak. Demorou pelo menos meio seculo para que a lingua ganhasse a a atual forma que a faz pertencer ao grupo de Linguas Tupi mas com forte presença de palavras da antiga lingua Aruak. Desde então decaiu sua fala nos inicios dos anos setenta até o momentpo atual.
Hoje, proucurando revitalisa-la, os proprios indigenas procuram intruduzi-la em seu cotidiano, o que não tem sido facil, uma vez que apenas duas duzias de pessoas permaneceram usando. Nas escolas, os professoresm com ajuda dos mais velhos, organizaram um dicionario para torna suas aulas mais faceis. O dicionario ganhou o nome de Maraguá'nheng - Dicionario Maraguá. E antes que os poucos velhos falantes morressem pudemos organiza-lo. E após uma década de esforço com projeto local "De volta as origens"idealizado pelo professor Yaguarê Yamã, vemos bons resultados. Mesmo com a morte de alguns desses anciãos ( infelizmente) falante da lingua, as crianças conseguiram aprede-la e junto com os falantes da lingua materna, comemoram a revitalisação dessa tão bonita lingua.
Lia Minapoty, escritora.