Criar uma Loja Virtual Grátis
Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Google-Translate-Portuguese to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese

Rating: 3.0/5 (278 votos)

ONLINE
1




Partilhe esta Página

 

 MUKURIKANÃ

 

As jaçanãs vão no coaia se erguendo em bando em revoada

entre a val

Pela apaia que banzeira a tinga mara as jaçanãs voam em bando na beirada

e pousam quirrá nos paus.

 

Todas cantas gritando como rindo as jaçanãs são felizes num bem lindo

pela alvorada da coema

Enquanto lá. Eu aqui vendo a miragem da moura val que bubuia na estiagem

e admiro tudo tudo aqui da pema

 

Tomares altas de galhos entrelaçados entre cipós que se descem engalharadols

e dão orqiudeas porãgas em buques




Total de visitas: 23697

Sobre os Maraguás

Sobre os Maraguás

 

                Maraguá é um grupo etnico indígena que vive na região do rio Abacaxis (Guarinamã), nos municípios amazonenses de Nova Olinda do Norte e Borba, território denominado Maraguapajy, o país dos Maraguás com uma área em torno de 700 mil ha. Entre a Área Indígena Coatá-Laranjal e o parque florestal Pau-Rosa.

                De origem Aruak com forte influencia Tupi, seus integrantes por muito tempo foram considerados como parte do povo Sateré-Mawé, nação com quem tem uma historia em comum, mas com diferenças étnicas, lingüísticas e culturais.  Falam a língua Maraguá, dialeto misto de Nhengatu e Aruak e sua cultura é baseado na antiga cultura tapajônica.

                 Contando atualmente com menos de 200 pessoas na área indígena e em torno de 350 no total, os Maraguás distribuem-se em quatro aldeias: Yãbetue’y, Kãwera, Monãg’náwa e Yaguawajar. Todas nas margens do rio Abacaxis.

                Socialmente dividem-se em seis clãs: Piraguáguá (gente do boto), Aripunãguá (gente da vespa), Çukuyeguá (gente da cobra), Pirakêguá (gente do puraqué), Tawatoguá (gente do gavião) e Yaguareteguá (gente da onça), representados em cada animal que os simboliza. Assim, cada clã tem um animal-simbolo. Quanto a nação no geral, tem como símbolo o Guarunguá ou peixe-boi.

           Desde que se organizaram em torno de duas associações - ASPIM (Associação do Povo Indígena Maraguá) e AmIMA (Associação das mulheres Maraguás) os Maraguás tem lutado pela demarcação de seu território e a reafirmação étnica e cultural da nação. Dessa maneira, sua Assembléia Geral está na quinta edição, o que contraria os madeireiros, pescadores predatórios e garimpeiros acostumados em tempos antigos a invadir o território indígena para derribar a floresta e a depredar a natureza, que mesmo com pressão dessas pessoas e de empresários locais, não desistem do sonho de ter seu território a salvo do desflorestamento.

           Está entre os chamados povos ressurgidos, por antes seu nome etnico ser considerado extinto, e por ser considerado parte dos Sateré-Mawé. Seus integrantes obtiveram seu reconhecimento pela FUNAI em 2010, após averigiuação de indigenistas no local, o qual comprovaram sua origem e sua diverença cultural dos Sateré.

           Os ícones de sua civilização são: A pratica da luta corporal Piãguá, a crença no wirapurú empalhado, o culto no muirakitã e sua mitologia repleto de deuses, seres encantados, fantasmas e heróis civilizadores.

           A estrutura política tradicional do povo Maraguá se compõe de tuxawa-geral (Jair Çameray), vice-tuxawa-geral, tuxawa de aldeia, tuxawa de clã, mirixawa e malyli. Todos cargos vitalícios com seus direitos, poderes e funções. Cada grupo ou aldeia se compõe de lideranças, que o organiza, governa e administra.

          O desenvolvimento e a reorganização dos atuais Maraguás se deve ao movimento local denominado "De volta as origens" de 1999, idealisado pelo escritor Ozias Yaguarê Yamã apoiado pelos anciãos. Dessa forma, os maraguás hoje,alem de seu reconhecimento etnico, tem em mãos o reconhecimento de seu territorio tradicional, a revitalização de sua lingua nacional  e lideranças comprometidas com o futuro, como Messias Mukawa, Juarez Piraguaí, Calebe Yaguapó, Ronaldo, Egidia Maraguá,  Teodoro Yaguareçá, Misael Saniwã, Raimundo Tuá, entre outros, alem do surgimento de um grupo local de escritores e ilustrasdores indigenas que despontam a nivel nacional como Uziel Guaynê, Elias Yaguakãg, Lia Minapoty, Roni Wasiry Guará e Ozias Yaguarê Yamã.

           O nome étnico do povo Maraguá provem da junção de duas palavras de seu vocabulário: Mará (tacape) e guá (gente; nação), o que significa: gente ou nação do tacape.

 

 

 

                             PARA SABER MAIS SOBRE OS MARAGUÁS

 

 

 

Guará, Wasiry. – O caso da cobra que foi pego pelos pés. Editora Imperial Novo Milênio.

Yaguakãg Elias – As aventuras do menino Kawã. Editora FTD.

Yaguakãg, Elias / Guaynê, Uziel - Historinhas Marupiaras - Editora Mercuryo Jovem

Yamã, Yaguarê – Murugawa, mitos e fabulas do povo maraguás. Editora Martins

Fontes, SP.

 – Kurumi Guaré no coração da Amazônia, Editora FTD,

- O Totem do rio Kãwera e outros contos fantásticos. Editora Imperial Novo Milenio.

– As Pegadas do Kurupyra. Editora Mercuryo Jovem.

– Wirapurus e Muirakitãs, historias mágicas de amuletos amazônicos – Editora Larousse

– Contos da floresta. Editora Peiropolis.

– As aventuras do menino Kawã. Editora FTD.

Minapoty, Lia / Yaguarê Yamã -A arvore de Carne - Editora Alaude (Tordesilhas)

Minapoty,Lia - Com a noite veio o sono - Editora Leya.